Reunião debate medidas de segurança para passeios em dunas após jovem ser baleada no litoral do RN
12/03/2025
(Foto: Reprodução) Jovem de 23 anos foi baleada no sábado passado durante um passeio nas dunas de Jacumã. Polícia investiga o caso e busca atirador. Reunião debate segurança nas dunas de Pitangui, na Grande Natal
Uma reunião que envolveu pastas do governo do Rio Grande do Norte, como as secretaria de Segurança e de Turismo, e os trilheiros, bugueiros e jipeiros debateu medidas de segurança e regras para os passeios em dunas no litoral do estado.
O debate ocorreu após uma jovem ter sido baleada no fim de semana passado durante um passeio dos trilheiros nas dunas da praia de Jacumã, em Ceará-Mirim, na Região Metropolitana do estado.
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O trecho em que ocorreu o caso terá policiamente reforçado, informou a Secretaria de Segurança e Defesa Social (Sesed).
Uma outra medida adotada é que o Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) vão definir em 30 dias os locais específicos para trilhas e acessos de bugueiros e trilheiros que fazem passeios recreativos.
No dia 20 uma nova reunião foi marcada na Secretaria de Turismo para acertar novos detalhes dessas medidas, de acordo com o secretário de Segurança e Defesa Social, coronel Francisco Araújo.
"Vai ser regulamentada a lei estadual que já foi sancionada que diz todo o andamento sobre o uso das dunas, que seja pública ou privada. E essa regulamentação vai disciplinar onde pode transitar com os veículos. E as forças de segurança pública irão fiscalizar pra evitar conflitos e atritos", explicou o secretário.
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) também vai delimitar as áreas permitidas.
"Nesse disciplinamento é onde vai ficar constando onde pode cada organização fazer. E se chegar ao acordo, todos vão participar de acordo com o que for disciplinado", disse.
Segundo o Sindicato dos Bugueiros no ano passado mais de 86 mil passeios foram realizados com trajeto nas dunas de Jacumã, que foi visitado por 347 mil turistas entre janeiro e dezembro.
Reunião aconteceu nesta quarta-feira
Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Polícia investiga o caso
A Polícia Civil ainda busca identificar quem disparou contra a jovem nas dunas de Jacumã no fim de semana passado.
De acordo com o delegado Juarez Maynart, da Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado, responsável pela investigação ao lado da Delegacia de Ceará-Mirim, um outro homem, que seria o motorista do veículo onde estava o atirador, chegou a se apresentar para prestar depoimento à polícia.
Tiros foram registrados em dunas na praia de Jacumã, na Grande Natal
Reprodução/Redes sociais
"Não foi ele quem disparou, mas a gente pretende deixar em sigilo por enquanto e assim que aprofundar as investigações poder passar mais informações"", disse.
"Isso eu posso confirmar [seria o motorista]. Mas ainda estamos investigando para ver a real participação dele", completou.
O Sindicato do Bugueiros do RN informou que um bugueiro procurou a entidade para assumir o crime. Ele não se apresentou à polícia.
O delegado disse que as motivações do crime, que aconteceu em uma área privada na praia de Jacumã, ainda são investigadas.
"Agora estamos avaliando para tentar avaliar de fato o que aconteceu, quais foram as motivações, quem participou, e poder responsabilizar as pessoas que fizeram esse crime no sábado", falou.
"A gente não sabe ainda a motivação de fato. A gente sabe que tem uma disputa no local de quem pode ou não pode circular lá. E em tese seria esse motivo, mas a gente ainda vai aprofundar as investigações para aprofundar", reforçou.
O delegado disse ainda que conversou com o pai da vítima e ouviu depoimentos de outras pessoas que estavam nas dunas no dia do crime para auxiliar na investigação. A vítima permanece hospitalizada, segundo o delegado.
A investigação revelou que um dia antes do caso tiros também haviam sido disparados nas dunas de Jacumã, provavelmente após uma cerca ter sido aberta para entrar em uma duna cujo acesso é proibido. A polícia acredita que a mesma pessoa atirou nos dois dias.
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